A importância dos estudos de UX (User Experience) em plataformas corporativas

A usabilidade e a experiência do usuário são fatores fundamentais para o sucesso de qualquer produto ou plataforma digital, e isso não é diferente no ambiente corporativo. Nas empresas, a utilização de plataformas internas é cada vez mais comum, porém, nem sempre existe uma atenção adequada aos estudos de UX. Este artigo trará algumas informações sobre a importância dos estudos de UX em plataformas corporativas.

O que é UX?

Antes de abordar a importância dos estudos de UX em plataformas corporativas, é importante definir o que é UX. User Experience (UX), ou experiência do usuário em português, é um conjunto de elementos que proporcionam a um usuário final uma experiência satisfatória em relação à interação com um produto ou plataforma. Os estudos de UX buscam compreender as necessidades, expectativas e comportamentos dos usuários, a fim de criar produtos que estejam alinhados com suas necessidades.

Análise de faixa etária, rotina e aspectos ambientais

Ao projetar uma plataforma corporativa, é importante levar em consideração as particularidades dos usuários. A análise de faixa etária, rotina e aspectos ambientais pode contribuir significativamente para a criação de uma plataforma que atenda às necessidades e expectativas dos usuários. Abaixo listamos algumas considerações importantes relacionadas a essas características:

1. Faixa etária: A faixa etária dos usuários pode influenciar o design da plataforma, pois diferentes grupos podem ter preferências diferentes em relação à interface. Por exemplo, um grupo de usuários mais jovens pode ter maior afinidade com interfaces mais modernas e interativas, enquanto um grupo mais velho pode encontrar dificuldades em compreender elementos gráficos mais complexos.

2. Rotina: A análise da rotina dos usuários pode ajudar a identificar os momentos em que a plataforma é mais utilizada, bem como as tarefas que são realizadas com mais frequência. Isso pode contribuir para a identificação de problemas e oportunidades de melhorias, além de ajudar a personalizar a plataforma de acordo com as necessidades dos usuários.

4. Redução de custos: As plataformas mal projetadas podem aumentar o tempo e o esforço necessários para a realização de tarefas. Isso pode levar a gastos excessivos de tempo e dinheiro da empresa. Com estudos de UX, é possível reduzir o tempo e o esforço necessários para a realização de tarefas, contribuindo para a economia de recursos.

Ao criar e atualizar uma plataforma corporativa, é importante levar em consideração as necessidades e expectativas dos usuários, bem como os aspectos relacionados à sua faixa etária, rotina e ambiente de trabalho. Os estudos de UX podem contribuir significativamente para uma experiência de usuário aprimorada, tornando as plataformas mais intuitivas, produtivas e seguras.  Além dos benefícios para o usuário final, o aprimoramento da experiência do usuário também é fundamental para o sucesso da empresa. Por isso, é importante investir em estudos de UX para alcançar esses benefícios e ter melhores resultados!

Startup: Da ideia ao negócio

Em todos estes anos nesta indústria vital, ví muitas boas ideias que até poderiam ser um negócio, não “vingarem” e pelo que observei há pontos em comum entre as iniciativas que deram certo e entre as iniciativas que não deram certo, gostaria de apresentar 3 pontos que observei em todas as iniciativas que deram certo, que são:

  • A efetiva validação do problema e da solução
  • A capacidade de escutar dos empreendedores
  • A disposição em mudar os caminhos sempre que necessário

É sedutor para muitos de nós defender os nossos pontos de vista, acreditar que a forma com que vemos as coisas e situações é a mais correta, porém nos negócios, essa característica pode fazer com que haja problemas na entrega do nosso produto ou serviço, pois, uma empresa existe para resolver o problema do outro, é preciso descobrir um problema real e o resolver com maestria a ponto de receber dinheiro por isso. Se você voltar um pouco atrás e ler os pontos que apresentei, estão totalmente conectados com o que apresento aqui.

Um ponto que não apresentei acima, mas que acredito ser vital para o sucesso de qualquer negócio ou inciativa é o engajamento do empreendedor no seu negócio, muitos querem mudar o mundo, mas não querem o esforço condizente, estar dentro do neg´ócio por completo faz toda a diferença.

É preciso ter certeza que a solução proposta é útil

Sempre que uma ideia surge, minha primeira ação é dividir com meus pares buscando ser questionado. Acredito que os contrapontos apresentados são necessários para o amadurecimento de qualquer iniciativa, ou seja, quando me questionam como aplicar, como entregar ou como faturar, por exemplo, a busca pelas respostas pode fazer com que eu perceba que a ideia é boa, mas da forma com que imaginei pode não ser um negócio viável.

Vencida a primeira barreira com a ideia, que pode ser minha ou não, vamos para a validação com quem vai efetivamente utilizar a solução que estamos propondo. Na SoftMakers busco a equipe, para que através de métodos e ferramentas se possa validar a ideia e pensar na solução que irá resolver os problemas propostos da melhor forma possível, isto acaba sendo mais demorado que simplesmente começar a construir a solução, mas é mais assertivo.

Ao final deste processo, validamos que o problema em que a ideia que fundamenta a solução existe, como também que é um problema para outras pessoas (ou empresas) e ao final consolidamos a solução que melhor se adequará para os usuários. O foco aqui é a usabilidade.

Você já utilizou seu produto ou serviço?

Uma pergunta que faço para muitos empresários e empreendedores que conheço é: Você já utilizou seu serviço ou produto como seu cliente utiliza? Quase sempre a resposta é não, e isto é simples, quem está dentro do neg´ócio, tem acesso a ele de maneira diferente, se você possui uma locadora de veículos, você pode até precisar de um carro e seguir os trâmites burocráticos, porém terá algum tipo de facilidade ou privilégio por ser “conhecido” pela sua equipe.

Ninguém melhor que o usuário ou cliente, em condições normais de uso, para opinar sobre o seu produto ou serviço, as vezes os feedbacks doem, até podem ofender, mas quase sempre são necessários para o amadurecimento da solução

Mudanças no negócio devem ser possíveis e até bem vindas

Mudar um produto ou serviço para se adequar de forma mais assertiva aos seus usuários é natural e deve ser feito sempre que necessário, a dinamicidade das relações faz com que a forma que consumimos as coisas mudem, a forma de consumir música, notícias e até comida mudou, por isso, os empreendedores precisam estar antenados, utilizando as ferramentas que se tem a mão para ouvir e amadurecer seus neg´ócios.

Inovação só “custa caro” se for realizada sem método

Só Deus não precisa de métodos.

Não lembro de ter lido ou pensado na frase acima, indiferente do autor, o que gostaria de apresentar é: Não h´á certezas sólidas se não conseguimos visualizar todos os lados de um problema. Isto é necessário para diminuir a probabilidade da existências de falhas e incoerências na solução ou inovação que está sendo criada.

Existem métodos para mensurar o que não conseguimos enxergar, quando criamos soluções inovadoras sem métodos e ferramentas, ou como dizem no mundo da programação, utilizando o método “Go Horse”, corremos o risco de criar algo que não é útil ou adequado para quem irá comprar e/ou utilizar, e nesse processo de tentativa e erro, além do custo monetário há um custo emocional, que pode fazer com que fiquemos desmotivados com o negócio.

A uma trilha para criar negócios

A mensagem que gostaria de deixar para você que está lendo este artigo é a seguinte: Antes de construir qualquer solução, valide com quem irá se beneficiar da solução, para mensurar se o problema existe para mais pessoas e se a sua forma de resolver irá ser tão valiosa a ponto de receber dinheiro por isto.

Negócios existem para faturamento, assim como soluções existem para problemas, nenhum empreendedor pode se desconectar destes detalhes, então, vamos sempre criar soluções otimizadas para problemas reais, com isso, haverá um negócio.

Quando uma ideia de neg´ócio surge, ela precisa ser validada no mercado antes da solução para o possível problema ser construído, não faz sentido construir um prédio residencial de 50 andares, com ticket médio alto em uma localização não desejada pelas pessoas que ali iriam morar, faz muito sentido concordar com isto, certo? Então porque criamos aplicativos, sites ou plataformas, que possuem necessidades de investimentos diversas, sem escutar as pessoas que irão utilizar no futuro? A mensagem que gostaria de deixar é esta, sempre que tiver uma ideia de negócios a coloque a prova e seja flexível para entender os contrapontos apresentas. No final o que você terá é uma solução valiosa para todos.


A SoftMakers constrói soluções através de software para negócios em diversos setores, utilizando metodologias ágeis e precisas de gestão ágil e usabilidade, se quiser saber mais ou de ajudar para validar sua ideia, fale conosco através do nosso site.

https://www.softmakers.com.br

Construindo um MVP e validando soluções durante a pandemia

Qualquer que seja a ideia, precisa ser testada, validada e antes de totalmente desenvolvida, se faz necessário verificar a existência do problema que ela pretender resolver, para isto, uma pergunta bem pertinente é: “O problema que eu tenho ou penso realmente existe?”, obtendo resposta positiva para esta pergunta, podemos pensar em como evoluir com o desenvolvimento da solução, caso contrário, corremos o risco de criar algo que não será utilizado, muito menos pagarão pela sua utilização. A solução para um problema deve ser proposta com o minimo de esforço, com o intuito de identificar sua efetividade, amenizando riscos e desperdícios. Após validada a solução é sim prudente investir no desenvolvimento, mostrarei neste artigo com fiz isto durante a pandemia da COVID-19.

Falarei sobre todo o processo neste artigo, desde a ideia até a verificação dos indicadores que nos responderam que a solução resolvia um problema existente, como também, teria adesão.

Identificando a necessidade

Precisávamos colaborar no enfrentamento da COVID-19 e na resolução dos problemas que ela tem gerado na economia, com nossas expertises. Uma iniciativa nossa foi o projeto “Tenho Máscara” (https://www.tenhomascara.com.br/).

O objetivo do “Tenho Máscara” é catalogar fabricantes de máscaras e permitir para os que desejam comprar (pessoas, empresas e/ou governos) a possibilidade de obter o contato através da internet e negociar diretamente com o fabricante e/ou vendedor.

Tomando decisões a partir de métricas

Acompanhando as orientações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil, falando para a população que o uso das máscaras ajudam na prevenção da disseminação do vírus e lendo as notícias pensei: “Será que os fabricantes que conseguem produzir máscaras estão vendo esta possibilidade?”, eu literalmente precisava de respostas. Transformei o meu pensamento em três perguntas, pois precisava validar se o problema existe, abaixo vou mostrar como validei minha ideia.

1ª pergunta: “Pessoas e/ou empresas estão fabricando máscaras para vender ou doar?”

Entrei em contato com máximo de empresários e associações que pude, a maioria disse estar produzindo ou se adequando para suprir a esta demanda que julgavam ser emergente no mercado, das 20 empresas que havia falado até então, 14 responderam positivamente a minha pergunta. Meu ultimo contato foi com a CDL de Santa Cruz do Capibaribe, a entidade me informou que 96 pessoas ou empresas de vários portes estavam produzindo, ou seja, corroborando com as respostas que eu já havia obtido, obtive um enorme “sim”, de posse dos dados dei por finalizada a pesquisa.

2ª pergunta: “Expor seus contatos na internet faz sentido para quem está produzindo?”

Criamos uma Landing page para o projeto agora denominado “Tenho Máscara”, foi concebida uma estratégia de marketing focada na divulgação para o máximo de pessoas ou empresas que tinham capacidade de produzir. A página possui a unica e exclusiva função de receber os cadastros, com isto, estávamos medindo a “Quantidade de cadastros realizados por dia”, estes números nos mostraria se as pessoas ou empresas estavam querendo se expor na internet para vender as máscaras.

Como se pode ver nos gráficos abaixo, na primeira semana 1045 pessoas visitaram a página, 261 se cadastraram para serem incluídos na base de dados.

Quantidade de acessos na página
Quantidade de cadastros através da página

Quando confrontamos estes números com a quantidade de possíveis fabricantes, para o publico que acessou a página definimos então que sim, expor na internet é um objetivo dos fabricantes e vendedores.

3ª pergunta: “Na internet pessoas estão buscando fornecedores para comprar máscaras?”

A ultima pergunta que eu precisava responder, não validava se os ofertantes adeririam a nossa solução, isto as perguntas anteriores já respondiam, mas sim, se existe a procura das mascaras na internet, afinal de contas, nossa solução está disponível nela, sendo respondida positivamente, mostrava que realmente existe a demanda. Recorremos ao Google Trends para confirmar se as pessoas estão buscado as máscaras na internet, mais uma vez a resposta foi muito conclusiva e positiva, observe os gráficos abaixo.

Pequisas pelo termo “máscara” tem crescido exponencialmente desde o fim de 2019 até então.
As 5 consultas mais buscadas demonstram que as pessoas estão interessadas nas máscaras de tecido, N95 e descartáveis, nos fazendo entender que a demanda pelo produto realmente existe e a internet é um meio pelo qual buscas massivas estão ocorrendo.

Você precisa definir a “Única Métrica que Importa”

Única Métrica que Importa (UMI em português, ou OMTM, Only Metric That Matters, em inglês), na prática nos faz definir através de uma única métrica a efetividade da nossa proposta de solução, no caso do “Tenho Máscara” a UMI foi: “Quantas pessoas e empresas desejam vender máscaras através da internet?“, descobrimos quantas e onde, como também conseguimos medir a evolução da adesão na plataforma.

Quando conseguimos respostas positivas para a primeira e segunda pergunta do tópico “Tomando decisões a partir de métricas“, estávamos validando o problema e a solução. Neste exato momento, o “Tenho Máscara” está em processo de evolução, lançamos o MVP (Cadastro e página para buscar os fabricantes) em 3 dias, recebemos feedbacks e estamos evoluindo a plataforma para entregar da melhor forma o valor que o projeto propõe.

Meu objetivo é melhorar negócios

Falei sobre todo o processo desde o surgimento da ideia até a solução, conseguimos realizar tudo isto em 3 dias, fico a disposição para receber suas dúvidas ou sugestões se desejar conversar sobre o assunto, como uma empresa de tecnologia, temos a possibilidade de propor uma solução escalável e adequada para variados problemas.

A importância do UX Design no desenvolvimento de um produto

Design vector created by stories – freepik.com

Para falar da importância do UX Design, devemos começar respondendo o maior questionamento: o que é User Experience Design?

O termo foi criado por Donald (Don) Norman, famoso engenheiro de usabilidade, e significa, em tradução livre, design da experiência do usuário. A expressão muitas vezes é utilizada erroneamente por muitos designers e programadores, mas é válido salientar que uma boa experiência do usuário não se trata apenas de criar um código bem feito, uma interface clean ou uma boa embalagem. A UX começa a partir do momento em que o usuário final passa a interagir com um produto e essa interação nem sempre precisa ser direta, ela pode iniciar no momento em que ele ouve falar sobre.

Qualquer produto/serviço, seja ele físico ou digital, causará um impacto na vida do usuário, que terá um grau de satisfação, positivo ou negativo. O trabalho do UX Designer é garantir que esse grau seja positivo e que sejam satisfeitas as necessidades do cliente e da empresa.

Ao decidir comprar um carro, e após fazer um test drive, o cliente não levará o carro mais bonito se ele não atender suas necessidades enquanto motorista. O mesmo acontece no mundo dos softwares. A aparência de uma aplicação é importante porque é como ela será apresentada ao usuário final, mas ele só continuará a utilizá-la se suas exigências como cliente forem atendidas.

Tomando como exemplo os seguintes apps e uma pessoa vegetariana que irá utilizá-los, o primeiro representa uma péssima experiência do usuário. Você consegue ver o porquê?


Não é difícil perceber que ambos são muito parecidos visualmente, ou seja, o UI (User Interface) Design é praticamente o mesmo. O que faria o usuário dar preferência ao segundo aplicativo é o fato dele entender o seu cardápio e não sugerir pratos que contenham proteína animal.

Esse é um exemplo bem simples, que fala sobre uma das áreas pelas quais o UX Designer é responsável: a arquitetura da informação. Nesse caso, durante o estudo de estratégia, uma das cinco etapas entre a ideia e o layout, o profissional responsável pela segunda aplicação levou em consideração que pratos que estão de acordo com os gostos e estilo de vida dos usuários são mais relevantes e devem ser exibidos em destaque, enquanto os outros podem manter-se em segundo plano e aparecer somente quando solicitado.

Mas se agora você acha que pode fazer uma boa experiência do usuário para o seu produto apenas organizando os elementos por graus de relevância, eu sinto ter que dizer que o processo não é tão simples assim.

Podemos partir do seguinte fato: Seja boa ou ruim, a UX não é feita pelo projetista. Depois de tudo que foi dito aqui, isso chega a parecer contraditório, mas calma! Deixa eu explicar.

Anteriormente, foi esclarecido que a UX se inicia quando o usuário interage com o produto ou serviço. Sendo assim, é impossível que o designer – ou qualquer outro membro da equipe – tenha controle sobre o que acontecerá. É muito difícil prever tudo que impactará na opinião do usuário e desenhar soluções, o que se faz é diminuir ao máximo os impactos negativos e enfatizar os positivos. Mas como isso é feito?

Através da criação de protótipos, um bom design de interações, estudo do negócio, desenvolvimento front-end, estratégia de conteúdo, pesquisas com usuários, testes de usabilidade, visual design, bom uso e conhecimento da arquitetura da informação, compreensão de aspectos comportamentais do público alvo e, principalmente, trabalho em equipe.

Falando em trabalho em equipe, se você é ou trabalha com programadores, talvez esse link seja útil para você. É um artigo que fala 5 Extensões do Visual Studio Code que facilitam o trabalho colaborativo.

É importante, também, lembrar que tudo que se cria visa resolver um problema. E o intuito de todo esse esforço e estudo é que as resoluções desses problemas estejam cada vez mais íntimas do usuário, ligadas ao seu psicológico e emocional, se tornando cada vez mais humanas.

Pra se aprofundar

“O design do dia a dia” – NORMAN, Don
“Information Architecture” – MORVILLE, Peter & ROSENFIELD, Louis

Ainda tem dúvidas?

Me manda um DM no Instagram.